3 de novembro de 2012

Tudo que vai...

Então o brilho apaga-se aos poucos, e no canto já não o vejo reluzir, assim como tudo que vai. Um dia as emoções se distraem, se destorcem, e simplesmente afundam como uma gota límpida da mais pura lágrima que escorre em direção ao chão. Num momento tem felicidade, no outro decepção. Num instante tudo são flores, no despasse vira ilusão. Nessa terra não quero plantar mais minha semente, nem quero colher essas amarguras e frutos secos, cheios de distrações. Na vida quero levar a sério o que me faz acordar, o amor por mim, pelos meus sonhos, desejos e virtudes. Como tudo que vai, eu vou indo também, às vezes empurrando o mundo sob as minhas esperanças, de que tudo pode mudar, de que tudo merece uma segunda, terceira, milésima chance. Como tudo que um dia foi, me despeço desse triste fim, e abro a porta para um novo eu, alguém que quer descobrir os laços da positividade, do recíproco, de tudo que é bom nesse viver. Elizabeth Freitas

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