15 de novembro de 2012

Até quando?

Foi inesquecível e até mesmo cruel. Não conseguia te entender, e estou sem palavras até agora. Aquele quarto, cama fria, seus calorosos abraços, pulso firme. Como deixamos a ironia tomar conta de nós? A todo instante pensamentos soltos na minha mente, inconsequentes. Você do meu lado com seu jeito indecifrável. Tentada a te querer, bem mais esperava ser algo maior, mas me enganei ao perceber que para você não existiria outro além. Que pena. Poderia ter sido a noite em que finalmente nos acertaríamos depois de tantos poréns. Eu sinto a sua falta, cheguei até a pensar que naquele instante tudo iria se encaixar, que tudo seria eterno, os nossos beijos, emoções, linguagem atemporal. Depois você me distraiu, aquele beijo seco que me deu, no centro do meu rosto, rápido e mais uma vez cruel. Ahhh... então senti! Cai na real! Aquele era um gesto de despedida, que na medida em que você fechava a porta do carro, recolhia seus pedaços, e eu em desconsolo, um filme logo passou em minha memória... e quando me peguei viajando no pouco tempo que ainda me restava... você foi embora, perdeu-se o nosso amor. Até quando? Elizabeth Freitas

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