15 de novembro de 2012

Até quando?

Foi inesquecível e até mesmo cruel. Não conseguia te entender, e estou sem palavras até agora. Aquele quarto, cama fria, seus calorosos abraços, pulso firme. Como deixamos a ironia tomar conta de nós? A todo instante pensamentos soltos na minha mente, inconsequentes. Você do meu lado com seu jeito indecifrável. Tentada a te querer, bem mais esperava ser algo maior, mas me enganei ao perceber que para você não existiria outro além. Que pena. Poderia ter sido a noite em que finalmente nos acertaríamos depois de tantos poréns. Eu sinto a sua falta, cheguei até a pensar que naquele instante tudo iria se encaixar, que tudo seria eterno, os nossos beijos, emoções, linguagem atemporal. Depois você me distraiu, aquele beijo seco que me deu, no centro do meu rosto, rápido e mais uma vez cruel. Ahhh... então senti! Cai na real! Aquele era um gesto de despedida, que na medida em que você fechava a porta do carro, recolhia seus pedaços, e eu em desconsolo, um filme logo passou em minha memória... e quando me peguei viajando no pouco tempo que ainda me restava... você foi embora, perdeu-se o nosso amor. Até quando? Elizabeth Freitas

8 de novembro de 2012

Muito além

Amar você é assim, complicado, desengonçado, de um jeito que só ele pode ser. Te amar é único, é um sentimento profundo, é tudo que um dia sonhei quando se trata do sentir, da verdade ao encontrar uma paixão. Amar você vai muito além do que posso demonstrar, das palavras soltas que eu te falo sem calar, e em um simples momento o tempo corre para apressar a vontade louca que eu sinto de te beijar. Eu sinto falta, sinto a sua falta meu amor, que agora longe está, mas nem por isso te esqueço um segundo, eu penso mais pra recordar. Jamais vi crescer amor tão forte assim, e é por você meu bem, só por você. Elizabeth Freitas

3 de novembro de 2012

Difícil de apagar

Algumas coisas simplesmente são difíceis de mastigar, de engolir, não desparecem depois de uma má digestão. Algumas coisas simplesmente não se apagam, não se desmancham, e nem dão chance para serem esquecidas. Algumas coisas simplesmente perseguem você, transformam a sua vida em um jogo pela vida, pela sua felicidade, põe na mesa as suas virtudes, desesperos, ilusões. Algumas coisas simplesmente não passam despercebidas, podem ser lições de vida, mas o ser humano pode ser sensato ou não ao escolher pelo seu bem ou pelo seu mal. Algumas coisas simplesmente não nos fazem bem, mas o medo de mudar ou se desapegar se instala, e na maioria das escolhas não escolhemos arrancá-lo de uma vez. É difícil apagar o que foi visto, apagar a verdade que está bem a sua frente, simplesmente torna-se uma marca, tornam-se mágoas, incapazes de diluir, nem com o copo mais gelado de água, possivelmente gelado ao ponto de esfriar a sua cabeça. Algumas coisas simplesmente não se apagam! Elizabeth Freitas

Ponto final.

Até que ponto uma pessoa deve chegar quando seus sonhos e conquistas são apagados? Não sei ao certo se deveria me submeter a tal situação, e coisa mais sem pé e nem cabeça jamais vi acontecer antes de conhecer a desilusão. Enfim tudo começa a dar certo, os pontos se cruzam, selam um acordo de sucesso e conciliação, entretanto nunca parece ser o suficiente para ser o final feliz, o ponto final. Elizabeth Freitas

Assim mesmo!

Algumas coisas simplesmente não se encaixam. Como a tampinha de uma panela de pressão, que se não tampada corretamente, corre o risco de explodir. Algumas coisas simplesmente não se encaixam. Como tentar ser alguém que não você mesmo, pra se arriscar no mundos das modinhas e futilidades, que são dispensáveis depois de um tempo. Algumas coisas simplesmente não se encaixam... Elizabeth Freitas

Tudo que vai...

Então o brilho apaga-se aos poucos, e no canto já não o vejo reluzir, assim como tudo que vai. Um dia as emoções se distraem, se destorcem, e simplesmente afundam como uma gota límpida da mais pura lágrima que escorre em direção ao chão. Num momento tem felicidade, no outro decepção. Num instante tudo são flores, no despasse vira ilusão. Nessa terra não quero plantar mais minha semente, nem quero colher essas amarguras e frutos secos, cheios de distrações. Na vida quero levar a sério o que me faz acordar, o amor por mim, pelos meus sonhos, desejos e virtudes. Como tudo que vai, eu vou indo também, às vezes empurrando o mundo sob as minhas esperanças, de que tudo pode mudar, de que tudo merece uma segunda, terceira, milésima chance. Como tudo que um dia foi, me despeço desse triste fim, e abro a porta para um novo eu, alguém que quer descobrir os laços da positividade, do recíproco, de tudo que é bom nesse viver. Elizabeth Freitas